Com a crescente demanda por produtos que promovem a saúde e o bem-estar, a indústria alimentícia se encontra em uma posição estratégica para inovar e atender às necessidades da Economia Prateada. Esta economia, que abrange produtos e serviços consumidos por pessoas com idade a partir de 50 anos, movimenta aproximadamente 2 trilhões de reais anualmente no Brasil. A alimentação, um dos maiores gastos desse grupo, destaca a necessidade de produtos inovadores e adaptados, inspirados nas práticas saudáveis das Blue Zones — regiões conhecidas pela longevidade excepcional de seus habitantes, caracterizadas por dietas ricas em vegetais, grãos e uso limitado de carne, sal e açúcares.
A urgência por produtos para dietas restritas
Segundo o estudos da Data 8, 57% dos consumidores 50+ sentem falta de produtos voltados para suas necessidades, enquanto 42% procuram alimentos que atendam especificamente suas demandas de saúde, como dietas com mais fibras, menos sal, gordura e açúcar, além de opções zero lactose e sem glúten. Com as inovações aceleradas no setor, a indústria alimentícia pode desenvolver produtos nutritivos que promovam o bem-estar geral dessa população.
A alimentação saudável é uma prioridade para os consumidores entre 55 e 74 anos, sendo um dos seus maiores gastos. Um exemplo é a Agrobonfim, um distribuidor de hortifruti que atende aos principais restaurantes e hotéis da capital paulista. Ao lançar uma nova unidade de negócios voltada ao consumidor final, a empresa observou que mulheres acima de 50 anos representavam 40% de sua base de clientes e ajustou sua comunicação para atender as demandas deste público.
As marcas podem capitalizar sobre a crescente demanda prateada, promovendo alimentos que não apenas atendem a dietas específicas, mas também são enriquecidos com ingredientes funcionais, como proteínas, cálcio e vitaminas essenciais. Esses produtos atendem às necessidades nutricionais e contribuem para um envelhecimento saudável.
Comunicação clara e diversificada
“O marketing focado nos maduros exige uma comunicação transparente, com informações detalhadas sobre ingredientes, funcionalidade e origem das matérias-primas. É essencial entender a diversidade da longevidade brasileira e incluir o consumidor 50+ nas estratégias de marketing, garantindo a representatividade dessa nova geração de prateados.” — Bete Marin, especialista em publicidade e gerontologia, cofundadora da MV Marketing.
Ao adotar as práticas das Blue Zones e alinhar-se com as necessidades da população madura, a indústria alimentícia atende a uma demanda crescente, promovendo um estilo de vida mais saudável. As inovações no setor são fundamentais para impulsionar a saúde e o bem-estar dos consumidores 50+. O marketing especializado na economia prateada demonstra que é possível transformar desafios em oportunidades de mercado.
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